Moradores da Terra Firme viram reféns do medo

Insegurança é tanta na Terra Firme que os moradores têm medo de sair de casa para trabalhar (Foto: Antônio Melo)
A morte de Allersonvaldo Carvalho Mendes, além de ter elevado para 11 o número de mortos supostamente relacionados com a morte do cabo PM Figueiredo, é a quinta vítima moradora da Terra Firme. Assim, o bairro se configura como o mais atingido, pelo menos em número de mortes, nesse episódio fatídico que denunciou a crise da segurança do Estado.
Dois dias após o caso, o sangue das vítimas não deixou marcas apenas nas ruas onde os corpos caíram mortos, mas deixou também marcas de medo e receio entre os moradores da Terra Firme. O bairro não voltou a normalidade e o que se nota são pessoas amedrontadas, que tiveram que mudar sua rotina para poder enfrentar o momento marcado pela insegurança.
Essa mudança de rotina ficou evidente na feira livre do bairro. Conhecida pela agitação, onde a rua é disputada por consumidores e veículos, a calmaria tomou conta do local. “Essa tranquilidade não é normal. Desde ontem (quarta) que está assim. Acho que o motivo disso foram os crimes que aconteceram na terça”, destacou o feirante Luís Nazareno.
Se adequar a essas mudanças serve aos moradores da Terra Firme como forma de enfrentar o medo que ainda impera no bairro. “Não sabemos se não vai acontecer outro ataque de violência. Por causa disso, eu que saia de casa para trabalhar às 5 h da madrugada, agora saio às 6 h da manhã porque já está claro e tem mais pessoas nas ruas”, revelou Paulo de Jesus, feirante.
A sensação de medo dos moradores da Terra Firme refuta a ideia do governo que tudo está sob controle. “Na verdade, estamos é coagidos e sem liberdade para vivermos nossa vida. Nunca a segurança esteve sob controle, ainda mais após essas mortes que aconteceram depois que mataram esse policial. Dizer que está tudo bem é ignorar a realidade de insegurança”, disse Iraci Lopes,
(Diário do Pará)
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